segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Quarta feira inesquecível!


Lá estava eu no final de mais um ensaio numa quarta feira, que tinha tudo para terminar como um dia qualquer. Num bar na esquina do estudio um grupo de pessoa assistindo ao jogo do Flamengo, parei e perguntei o placar e um cara com um ar debochado falou – “3 a 0”. “Tá feia a coisa”, completou outro com uma expressão deplorável. Ainda deu tempo de ouvir o Luiz Roberto, o narrador, empolgado com o gol que acabara de acontecer e fui embora. No caminho ainda pensava seria a primeira derrota do Flamengo no Brasileiro e seria de forma vergonhosa e tentava já me conformar.

Ao chegar em casa, estava colocando o carro na garagem, quando chegou Lara, minha sobrinha de 5 anos, cujo pai é botafoguense e minha irmã, a mãe, é vascaina e ambos ati Flamengo. Quando ela me viu logo começou a me zoar: “Santos tá ganhando” e iniciou uma dancinha tipica de funk carioca. Logo em seguida ouvi uns gritos e pensei, 4 a 0 Santos, vai ser o vexame do ano. Subi pra minha casa e liguei a TV, quando vi o placar não acreditei! 3 a 2 Santos, 30 minutos do 1º tempo. “Putz vai dar”, pensei em voz alta, larguei tudo ali, sentei no sofá na posição da sorte, que é na ponta do lado direito e com a perna direita cruzada por sobre a esquerda e comecei a dar instruções aos jogadores, chutar o ar e não olhar as jogadas de perigo do time adversário.

O jogo, naquele momento, mostrava um Flamengo atacando, correndo, criando situações de gol, mas todos os comentários se referiam a Neymar e realmente estava difícil pará-lo. De repente o juiz dá penaty contra o Flamengo. xinguei, xinguei o juiz, xinguei o José Roberto Wright, comentarista, que disse que foi realmente penalty. E quem se preparou para cobrar? Elano, que havia perdido uma cobrança pela seleção brasileira recentemente. Como manda minha regra de superstição não olhei pra TV no momento da cobrança e só ouvi o narrador gritar: Feliiipe! Quando olhei o goleiro estava fazendo embaixadinhas na frente do Neymar, logo na jogada seguinte um escanteio e o Flamengo empata o jogo com um gol do Cone, digo, do Deivid, foi quando dei o primeiro grito, que estava preso, não consegui controlar a intensidade e logo veio a bronca da Andréa, minha esposa, que já estava dormindo e Joe e Zé, meus cachorros, começaram a latir, ouvi os gritos dos vizinhos e até fogos a distância. A partir daí contei os segundos para o fim do primeiro tempo.

Aproveitei o intervalo para tomar um banho e comer alguma coisa e não vi a reprise dos gols, quando voltei para o sofá já havia iniciado o segundo tempo e logo Neymar faz o quarto gol do Santos. Os vizinhos da torcida arco-íris e na casa da minha irmã, embaixo da minha, a gritaria. Fiquei em silêncio, roxo de raiva e afundando no sofá. Com a cabeça queimando, os pés suados e as mãos tremendo continuei assistindo a partida, só que meu rival já não era mais o Santos e sim a torcida dos outros times cariocas da rua, cada jogada do Santos eles gritavam, nas do Flamengo os flamenguistas gritavam, e eu quieto. Parecia uma final de campeonato, a guerra dos flamenguistas e não flamenguistas e eu estava estava nela. Me contorcia, xingava o juiz, chutava, cabeceava, junto com os jogadores e gritava: “vai!”, “chuta!”, “aí não!”, “Pega ele Williams!” “Num dá mole pra ele não Angelim”! “foi falta!” … e foi falta mesmo, no Ronaldinho Gaúcho! Ele mesmo cobrou a falta, eu vi a bola entrar, saí gritando em direção aos vizinhos, fiquei rouco com o grito, ganhei outra broca da esposa e só depois fui ver o aconteceu. Que cobrança foi aquela? Pura malandragem e genialidade! Por debaixo da barreira. Pra mim estava bom, já pedia pro juiz acabar o jogo ali mesmo, já era o suficiente para calar a boca dos rivais e continuar sem derrota no Brasileirão. Porém, os deuses do futebol não iriam deixar aquele jogo histórico acabar, apesar de tudo que já havia acontecido na partida, num simples empate, após uma reação impressionante e além do mais, “Flamengo é Flamengo!” Um jogo franco, aberto, com os dois times buscando o gol e eis que o Flamengo faz o gol da virada, Ronaldinho de novo. Mais uma vez fui soltar o grito para aqueles que não sabem o que é fazer parte da maior torcida do mundo! Lógico, ganhei outra bronca. Agora era segurar o placar, o Fla ainda teve outra chance com Thiago Neves, Williams ganhou todas de Neymar e finalmente o juiz apitou o final do jogo.


Um jogo que vai entrar para a história do futebol brasileiro, era o que diziam os comentaristas, mas pra mim foi o jogo onde eu pude confirmar o quanto o Flamengo mexe com as pessoas, seja torcendo ou secando. A verdade é que, se o Flamengo está jogando ninguém consegue ficar indiferente! Depois, anestesiado, liguei o computador, e deixei uma mensagem, no Facebook, para quem quiser entender: “Tô rouco e com dor de cabeça, mas valeu a pena!” E fui dormir!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Primeira Postagem.

Apesar de já ter feito o blog há algum tempo, só hoje resolvi fazer a primeira postagem, espero que seja a primeira de muitas (Já deu pra perceber que se me der preguiça vai ficar só nessa). Pra ser sincero, não sei direito o que vai ser abordado aqui no blog, mas certamente, vamos falar de música de todo tipo, principalmente de rock, ou seja, rock de todo tipo. Vamos falar também dos acontecimentos aqui de Cabo Frio e região e assim, agente vai vendo e inventando alguma coisa pra colocar aqui.
Outra coisa. Acho importante deixar claro, que não sou jornalista, nem profissional da imprenssa e o blog não tem nenhuma responsabilidade nesse sentido (Já tô tirando o corpo fora), por isso, pode ser que ocorra de eu usar gírias ou algum fato não ter sua veracidade comprovada, ou mesmo algum assunto não ser levado a sério. Ah, e se alguma palavra estiver com sua escrita errada, certamente foi o teclado que falhou ou coisa assim.
A verdade é que fico lendo os blogs da galera aqui da região e fiquei com inveja!